domingo, 24 de julho de 2011
O portão de madeira
Forte, ripado, ondulado,
ora aberto, ora fechado,
protetor e divisor
eis o portão do meu jardim.
Todos o ignoram e não o vêm.
Saltam por cima ou de empurrão
afastam-no, transpõem-no.
Seguem o seu caminho.
Correm e escondem-se
Sem dó nem compaixão
Batem-no, maltratam-no
Tem um fecho que o segura
Que o obriga a estar fechado
Não serve de nada, coitado
É pequenote de altura.
Trás, catrapás,
Bate na parede ou no vaso
Vai à frente, volta atrás
Abre-se de qualquer maneira
São os rapazes ou o vento, tanto faz.
Não vai chegar a velho
o meu portão de madeira
Aqui, no Jardim d'abrolhos
sábado, 16 de julho de 2011
Bocados duma paisagem
Apertado num estreito leito
saltitando sobre rebolos, trazendo pausinhos e folhas mortas, abri os braços e tornei-me mar.
imagens dos barrancos e da praia do Castelejo, no inverno passado, com imagens e texto de Benó
cá em baixo, deslizei rapidamente por entre silvas e,
saltitando sobre rebolos, trazendo pausinhos e folhas mortas, abri os braços e tornei-me mar.
imagens dos barrancos e da praia do Castelejo, no inverno passado, com imagens e texto de Benó
domingo, 3 de julho de 2011
Numa tarde quente
O perfume adocicado dos aloendros.
O cantar estridente das cigarras.
O calor dos lagartos nas pedras do caminho.
O cantar estridente das cigarras.
O calor dos lagartos nas pedras do caminho.
Cheira a figos, a uvas.
Vindimas. Searas. Ceifas
Espigas e papoilas.
Vindimas. Searas. Ceifas
Espigas e papoilas.
Mal me queres. Bem me queres
Muito, pouco, nada.
Recordações dum tempo passado.
Numa tarde quente
Os pássaros deixam o ninho.
Muito, pouco, nada.
Recordações dum tempo passado.
Numa tarde quente
Os pássaros deixam o ninho.
Aqui, no Jardim d'abrolhos.
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